Ha sido muy bueno también tropezarme con el libro Critica de Arte no Brasil, editado por Gloria Ferreira, que en más de 570 páginas antologa una muy buena selección de escritos desde 1946 hasta 2005, entre los cuales obviamente se incluyen a Mario Pedrosa, Ferreira Gullar, Aracy Amaral, Ronaldo Brito, Décio Pignatari, Frederico Morais, Haroldo de Campos, Paulo Bruscky, Waldemar Cordeiro, Hélio Oiticica, Antonio Dias, Sheila Leirner, Julio Plaza, Ricardo Basbaum, entre varios otros. Hace relativamente poco se publicó una edición en español e inglés de este libro, pero sin duda su edición original en portugués es infinitamente mejor y recomiendo mucho su adquisición (ver imagen a la derecha).
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O que é o Arquivo? / What is the Archive?
O Arquivo de emergência é uma situação de pesquisa criada para conectar eventos em arte contemporânea brasileira. É uma iniciativa em processo e, portanto, sempre inacabada.
Como iniciativa “documental” assume o desafio de elaborar criticamente noções de arquivamento, documentação, historiografia, classificação, nominação e demais práticas anexas.
O Arquivo de emergência é uma iniciativa independente. O Arquivo circula pelo Brasil em várias instituições desde 2005, estabelecendo parcerias e edições específicas. Reúne material sobre “eventos de ruptura” [1] ocorridos desde meados de 1998 no território do Brasil. Consiste na produção de um arquivo de documentos e índices a projetos de artes visuais, coleta e sistematização de material informacional [porção material do arquivo] [2]; e em ações de entrevista, conversa, acompanhamento da produção de grupos e artistas, participação em encontros e seminários, entre outros [porção situacional e crítica do arquivo]. A pesquisa costura os universos da produção artística e das formas possíveis de documentação, observando criticamente as imbricações entre tais e a capacidade de infringir no desenho de um campo de criação artístico em contato intenso com o campo social.
O Arquivo de emergência, ao agregar em uma mesma situação documental iniciativas inscritas no campo das artes visuais, e ao organizar um sistema de informação [estrutura do arquivo] a partir de tais iniciativas, multiplica linhas conectivas já existentes entre tais iniciativas. Bem por isto, A Arquivista e Cristina Ribas sugerem a observação de ações artísticas inscritas no campo da arte e no enfrentamento de suas bordas como ações que decorrem de um processo dialógico, no qual pode-se elaborar continuidades, descontinuidades, parcerias, cópias, negações, associações, ad infinitum… Com isto, os materiais documentais dispostos no Arquivo de emergência podem também ser usados como índices a demais EVENTOS, ESTRATÉGIAS, DOCUMENTOS, TEXTOS, IMAGENS, LINKS, criando uma rede de arquivamento e indexação ilimitada.
O Arquivo de emergência inventa um vocabulário de termos e conceitos que condizem com suas buscas e arquivamentos.
Entre algumas questões que ajudam a elaborar o recorte deste Arquivo, A Arquivista propõe pensar: de que forma a arte pode ter intervenção social?; de que forma a sociedade e suas condições modificam a arte? Arriscando uma hipótese, desde meados de 1998 se pode observar uma intensa ocupação do espaço das “ruas” ou dos “espaços públicos” – apontada pelos próprios grupos de artistas, ativistas, por críticos de arte e jornalistas. No Arquivo, o espaço das ruas é também pensado pelo conceitos de “esfera pública” e “comum”, ou seja, de que forma a arte requer, para seu acontecimento alguma forma de mobilização social em gradientes de participação e colaboração, e de que forma a prática da arte constitui a multiplicidade da sociedade. Com estas questões e hipóteses, pode-se afirmar que o trabalho do Arquivo de emergência criar uma situação crítica de documentação para parte da arte brasileira que tem implicações políticas, duplamente em direção/relação à sociedade, como em direção/relação ao campo da arte – considerando devidamente as intersecções e fluxos entre tais.
De uma forma, torna-se uma estrutura de aprendizagem com a qual se pode tomar conhecimento de parte da arte brasileira, desmistificando julgamentos que reservam às artes visuais a necessidade de um saber especializado.
O Arquivo aposta no espaço-tempo dilatado da pesquisa e na situação pública dos arquivos como possibilidade de constituição de laços de sociabilidade no comum e/ou na sociedade.
O Arquivo é organizado por A Arquivista e Cristina Ribas.
[1] trecho do texto de instituição do Arquivo, “Situação”: “A RUPTURA é a condição subjetiva dos EVENTOS, que surgem como diferença no cotidiano dos corpos. A improvisação, a sensibilidade, o escracho, a ironia, a proposição e a colocação de presenças distintas em campos de visibilidade ressignificados são ações de RUPTURA, produto de novas subjetividades na urbanidade dos corpos-AGENTES.”
[2] Os documentos são em grande parte produzidos por artistas, compreendendo folhetos, imagens, textos, relatos, catálogos, livros, projetos, rascunhos, etc.
Exposições: Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Olinda, 2006; no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2006; no Centro Cultural José Bonifácio, Rio de Janeiro, 2007; Situação: “Índice de imagens”, na Galeria de Arte UFF, Niterói, 2007/2008.
Acesse as páginas indexadas abaixo para desarquivar, para saber mais sobre o Arquivo de emergência:
Desarquivo textual
Estrutura do Arquivo
Exposições
Parcerias
Participações / Espalhamentos
Situação [texto que institui o Arquivo]
Textos