sábado, octubre 17, 2009

Último minuto: Incendio destruye el acervo del artista Helio Oitica en Rio de Janeiro

Esta es una terrible noticia muy triste de comunicar. Hace pocos minutos se acaba de divulgar la noticia de un incendio en el archivo de Helio Oiticica en Rio de Janeiro, Brasil. Su archivo contenía documentos personales, cartas, escritos, pero también videos, fotografías y un conjunto númeroso de obras experimentales entre los que destacan los Parangolés, los Bolides, entre otros.

Las notas aún solamente circuladas en portugués señalan que el archivo, ubicado en Rio de Janeiro, se destruyó en un 90%, lo cual es terrible y devastador de oir. El archivo del artista era uno de los legados materiales más ricos existentes, y que haya desaparecido es una noticia terrible para las artes visuales, para la cultura, para la historia, para la memoria política, y para todos aquellos interesados en recuperar y repensar la experiencia radical de uno de los artistas más fuertemente vinculados con la experimentación cultural y la ruptura permanente.

Estoy devastado y muy triste. Reproduzco una de las primeras notas publicadas hace muy poco en Brasil. Aun no hay comentarios del tema en castellano.
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Incêndio destrói acervo do artista plástico Hélio Oiticica

Segundo irmão do artista, prejuízo pode chegar a US$ 200 milhões.
Fogo atingiu residência da família na Zona Sul do Rio.

Um incêndio atingiu a residência da família do pintor, escultor e artista plástico Hélio Oiticica, na Zona Sul do Rio, na noite desta sexta-feira (16). Segundo um irmão do artista, o acervo que estava na casa foi quase todo destruído pelas chamas e prejuízo pode chegar a US$ 200 milhões.

A casa fica no Jardim Botânico. O fogo atingiu uma sala do primeiro andar, justamente onde ficavam guardadas as esculturas, pinturas e instalações do revolucionário artista, considerado um dos fundadores do neoconcretismo.

Os parentes estavam no andar de cima quando sentiram um forte cheiro de fumaça. "Arrombei a porta para sair a fumaça e a gente entrar e ver o que era, mas já era tarde demais. Já estava pegando fogo em tudo", disse o irmão.

Segundo César, 90% das obras do irmão foram destruídas, um prejuízo estimado por ele em US$ 200 milhões. CDs e arquivos de computador que estavam em um outro escritório não foram atingidos pelas chamas.

A família não tem ideia do que provocou o fogo, pois sala tem controle de umidade e temperatura. "Eu sinto que fracassei, pois desde que me aposentei minha missão era cuidar da obra dele. Eu me sinto péssimo".

O artista

Hélio Oiticica é um dos mais importantes artistas brasileiros das décadas de 50 em diante. Participou do movimento neoconcretista ao lado de nomes como Lígia Clarke, Amílcar de Castro e Ferreira Gullar.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1937, Oiticica fez parte de seus estudos e teve obras expostas em âmbito internacional. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os parangolés (espécie de capas coloridas, arte para ser vestida) e penetráveis (instalações). É autor da conhecida frase "Seja marginal, seja herói", que escreveu em uma bandeira sobre a foto de um traficante morto publicada em um jornal carioca em 1968, durante a ditadura, e foi um dos grandes inspiradores do movimento tropicalista com sua obra "Tropicália".

De 1970 a 1978, Oiticica viveu em Nova York, onde participou da mostra Information, realizada pelo MoMA (Museu de Arte Moderna).

Em 1981, um ano após a sua morte - em 22 de março de 1980 -, foi criado no Rio de Janeiro o Projeto Hélio Oiticica, para preservar a obra do artista. A Secretaria municipal de Cultura do Rio criou o Centro de Artes Hélio Oiticica em 1996. Além de obras do acervo de Oiticica, o espaço promove exposições temporárias de artistas nacionais e estrangeiros.

O museu de Inhotim, em Minas Gerais, também conta com obras de Oiticica, incluindo o penetrável "Magic square # 5" e uma versão da série "Cosmococa", feita com Neville D'Almeida.

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